Política
"Não sinto que tenha falhado". Ministra da Saúde reitera que vai continuar a "trabalhar todos os dias"
A ministra da Saúde não confirma ter pedido a demissão ao primeiro-ministro e garantiu que continuará a "trabalhar todos os dias" com o Governo.
Num discurso esta quarta-feira na Convenção Nacional de Saúde, a ministra da Saúde afirmou que o Governo está disponível para diálogo com todos "os que vierem por bem", mas que não o fará por pressão. Em resposta à RTP, Ana Paula Martins assegurou que não se referia a ninguém em particular.
"Para que fique claro, em relação aos médicos que trabalham em regime de prestação de serviços e que, tanto quanto sei estão a construir uma associação, já nos pediram uma reunião. E nós estamos a ver as agendas para que essa reunião ocorra o mais breve possível".
"Para que fique claro, em relação aos médicos que trabalham em regime de prestação de serviços e que, tanto quanto sei estão a construir uma associação, já nos pediram uma reunião. E nós estamos a ver as agendas para que essa reunião ocorra o mais breve possível".
Em causa nesta reunião estará a regulamentação do trabalho médico em prestação de serviços aprovada pelo Governo no final de outubro, que pretende disciplinar os valores pagos a esses profissionais de saúde e que prevê um regime de incompatibilidades.
Com esta nova regulamentação, o Governo pretende minimizar as diferenças pagas entre os médicos que têm contrato com o SNS e os médicos que trabalham como prestadores de serviço, a maioria dos quais contratados à tarefa pelos hospitais para assegurarem as urgências.
Com esta nova regulamentação, o Governo pretende minimizar as diferenças pagas entre os médicos que têm contrato com o SNS e os médicos que trabalham como prestadores de serviço, a maioria dos quais contratados à tarefa pelos hospitais para assegurarem as urgências.
"Não me desviarei um milímetro"
Sobre o caso de mais uma grávida que teve um bebé a caminho do hospital, a ministra lamentou a situação que a "incomoda muito", mas remeteu a "explicação desse caso para a respetiva unidade de saúde local, para os médicos", escusando-se a "fazer qualquer tipo de comentário".
Sobre o caso de mais uma grávida que teve um bebé a caminho do hospital, a ministra lamentou a situação que a "incomoda muito", mas remeteu a "explicação desse caso para a respetiva unidade de saúde local, para os médicos", escusando-se a "fazer qualquer tipo de comentário".
Sobre o caso da grávida que morreu no hospital Amadora-Sintra recordou que o IGAS e o Ministério Público estão a investigar o caso.
"Temos de aguardar os resultados desse inquérito", afirmou, adiantando que não se pronuncia mais sobre o assunto.
"Não sinto que tenha falhado", respondeu ainda Ana Paula Martins, quando questionada pela RTP sobre esta matéria específica. "Estou a cumprir o meu dever. Admito que sempre debaixo de grande tensão e pressão mediática, mas não me desviarei um milímetro de cumprir esse dever".E sublinhou: "Como toda a gente sabe, continuarei aqui a trabalhar todos os dias com o Governo de que faço parte, para melhorar a condição de saúde dos portugueses".
As primeiras consultas na oncologia continuam a ultrapassar o tempo máximo. Situação que Ana Paula Martins considera "preocupante" e que "tem anos de existência".
"Este novo sistema que estamos agora a começar a implementar vai ter de cobrir todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, vai nos ajudar muito", afirmou, referindo-se aos "protocolos de diferenciação dos cuidados primários nos hospitais".
"Temos de aguardar os resultados desse inquérito", afirmou, adiantando que não se pronuncia mais sobre o assunto.
"Não sinto que tenha falhado", respondeu ainda Ana Paula Martins, quando questionada pela RTP sobre esta matéria específica. "Estou a cumprir o meu dever. Admito que sempre debaixo de grande tensão e pressão mediática, mas não me desviarei um milímetro de cumprir esse dever".E sublinhou: "Como toda a gente sabe, continuarei aqui a trabalhar todos os dias com o Governo de que faço parte, para melhorar a condição de saúde dos portugueses".
As primeiras consultas na oncologia continuam a ultrapassar o tempo máximo. Situação que Ana Paula Martins considera "preocupante" e que "tem anos de existência".
"Este novo sistema que estamos agora a começar a implementar vai ter de cobrir todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, vai nos ajudar muito", afirmou, referindo-se aos "protocolos de diferenciação dos cuidados primários nos hospitais".
No entanto, admitindo que há uma longa lista de espera, a ministra explicou que todos os dias chegam casos prioritários que também aumentam essa lista.
Já sobre o caso do dermatologista do Santa Maria, a governante disse não querer pronunciar-se "sobre um caso de Justiça", mas frisou que "cada vez que acontece uma situação destas, os cidadãos diminuem a sua confiança no SNS".
"Isso é algo que não devemos ignorar", sublinhou. "Isto apela ao código de ética de todos os profissionais de saúde".
"Isto mina a confiança no sistema, não podemos deixar que isso aconteça".
"Isso é algo que não devemos ignorar", sublinhou. "Isto apela ao código de ética de todos os profissionais de saúde".
"Isto mina a confiança no sistema, não podemos deixar que isso aconteça".